Cachinhos Vermelhos


! Porque os dourados já viraram clichê

sábado, 23 de julho de 2011

VV

Tento disfarçar, mas não dá. Minha amiga e companheira especial nos últimos meses consegue ser reconfortante e má ao mesmo tempo. Solidão amiga não me faz querer mais ninguém. Solidão maldita me faz querer ser menos antissocial. Quero ser eu mesma, mas com alguém que eu queira. Não com a solidão.


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1 SW x HP 0

Estou detestando essa história obssessiva sobre a segunda parte do filme Harry Potter. Mas que puta, é só um filme, não o fim do mundo para ser divulgado até no e-mail! Não sou obcecada por SW e estou loonnge de ser nerd, geek ou qualquer que seja, mas alguma força maior por trás da tirinha me fez ficar interessada e até rir como uma tosca no final, mas enfim, não tem como. Faz muito sentido.
 



Por que será que não estou surpresa? 

  


by "

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Consegui recuperar meu antigo blog-diário que possuo desde os 15, e que finalmente importei todas minhas postagens nesse daqui! Puxa, que demais, eu sei. Começo a pensar que o lado bom de você estar encurralado, vulgo fodido, é que quando acontece qualquer coisinha demais, você já se considera o mais sortudo do mundo.

De volta ao meus dias largados <3

sábado, 18 de junho de 2011

dead as yesterday

Semana toda planejo ser forte e firme com namorado. Homem não gosta de mulher boazinha, homem dá valor à mulher determinada e idependente. Eu, com minha puta determinação, não aguentando sequer um dia em casa, liguei para Corvo chamando-o para sair com a desculpa que precíssavamos marcar a despedida. Estupidamente grosso e seco (talvez com razão, eu já devia ter me tocado), me fez chorar sem usar minha invisível auto-suficiência. Eu tinha de ser forte, já estava cansada de passar a noite inteira chorando me fazendo de vitíma. Meu plano era ir ao cinema sozinha, sem antes claro, me acalmar com uma dose no Bar do Zé. Foi então que minha noite da vitória começou.


Após desligar o telefone aos berros, soltando água pelo nariz e soluçando, calcei minhas botas companheiras e vesti a primeira coisa que achei na gaveta; uma camiseta branca que ele dizia ficar bonita em mim. Fui até o centro da cidade e voltei. No auge do desespero, havia esquecido minha carteira em casa. Pensei em ficar para comer uma pizza, mas eu ainda estava completamente vermelha e não estava conseguindo engolir o choro. 


Entrando no bar, onde todos me olharam, vi que estava tocando um DVD do Audioslave no telão. Me sentei próximo a esse e não demorou para que o atendente viesse me comprimentar com uma boa noite. Pedi um martini. Acabou. Pedi uma de contini. Enquanto ele me servia, Zé, o dono do bar, me encarava de braços cruzados, arqueando as sombrancelhas. Fingi que não era comigo, mas o atendente não fez o mesmo. O dono do bar me olhou novamente e susurrou algo para o atendente. Como imaginei. O atendente voltou a mim e tivemos uma conversa pouco amigável, com um ar tosco de policial americano dos anos 50, perguntou:


-Mocinha, quantos anos você tem?"
-Eu pareço menor?"
-Não. Mas são normas do bar."
-Dezoito" -disse sorrindo. Ele não retribuiu.
-Está com RG?
revirei os olhos, mas não perdi a pose.
-Tá vendo? Fiz dezoito dia onze!"
-Puxa, que legal.


Ignorando sua ironia, pedi um HiFi. Foi caro, mas valeu a pena. Era o primeiro HiFi que eu tomara com suco natural de laranja. O atendente perguntou se estava bom. "Uma delícia", respondi na empolgação de uma criança. Quando ele se virou, comecei a chorar feito uma. Corvo. Soluços abafados. Corvo. Olhos lacrimejados. Corvo. Lágrimas chegando ao pescoço. Bombeirinho de conhaque. Olhei para o lado e vi Mauricio, um ex-amigo do Corvo comprimentando o atendente. Foi ao banheiro e logo, desapareceu pela porta afora do bar. E aquele foi o último rosto conhecido que vi naquela noite.


Pedi mais algumas doses, fui ao banheiro. Chorava enquanto fazia um xixi que nunca acabava. Voltei ao meu lugar topreçando em todo mundo e -surpresa- meu copo não estava mais lá. Esse foi o último momento que me lembro completamente. A partir daí, foram apenas flashbacks. 

 
Lembro-me do dono do bar me fazer prometer que não passaria mal - ou pelo menos, não no bar dele. Lembro do atendente me ignorar completamente enquanto eu pedia outra. Lembro de alguém pegar no meu braço e perguntar se eu estava bem. Lembro de falar algo do tipo "garçom, o Corvo não gosta mais de mim. O que me recomenda?". Qualquer um teria como resposta algo como "recomendo que vá embora daqui, vá galinhar com outro passáro e nunca mais volte" (eu responderia isso), mas ele simplesmente balançou os ombros. Lembro-me das garotas que me deram lugar na fila do banheiro, pois segundo elas, eu estava mais necessitada que todas juntas. Lembro de ter ganho uma salva de palmas de um pequeno grupo, por ser a única pessoa bêbada que lava as mãos depois de utilizar o banheiro. Lembro de ter dito para alguém que não queria ir para a praça, pois iriam abusar da minha pessoa. 


Alguém do bar pediu para me sentar em uma das cadeiras que tinha mesa e não deixar nenhum estranho falar nem se sentar comigo. Um coroa estilo paizão de cabelos grisalhos e olhos claros me olhava com ar de decepcionado como se eu fosse sua filha, cujo ele daria conselhos. O dono do bar me olhava como se eu fosse sua filha, cuja ele adoraria dar uma puta de uma surra. Lembro de ter perguntado para o atendente algo sobre Iggy Pop e eu estar chapada. Sem dar muita corda, ele confirmou os dois. Na mesa, capotada, o garçom estilo geek drogado que apelidei de "melhor amigo", perguntava se eu estava bem toda vez que passava por mim. Eu sempre dizia a mesma coisa, mas ele, a garçonete, o atendente, o "paizão", o dono do bar e quem observava a situação sabia que eu não estava nada bem. Lembro de um mineiro chamado algo como Apollo surgiu do nada conversando comigo. Desconfiada que ao contrário dos outros, ele não me via como"uma menina nova e inocente que não sabe beber", comecei a ser grossa. Ele me acalmou e disse que eu estava péssima. "Jura, amiguinho?". Lembro de ele ter falado que gostou de mim. Lembro de ele não ser bonito. Lembro que lembrei de Jader e não quis cometer o mesmo erro. Lembro que o paizão pediu um café puro para ver se eu melhorava. Lembro que não funcionou. Lembro que ele pediu mais um copo. Lembro que minha cabeça continuou no mesmo ritmo. Lembro que o dono do bar preparou dois ou três copos de água com açúcar. Lembro que a brisa não passou. Lembro que foi a primeira vez que tomei tanto café forte sem açúcar quanto água de torneira adocicada sem fazer careta. O bar começou a fechar e, pela última vez, o "garçom melhor amigo" perguntou se eu estava bem.


Saindo de lá, fui ao banheiro de outro bar. O cidadão que se chamava algo como Apollo, foi atrás de mim para garantir que eu não iria se atropelada. Lembro que mandei ele comprar um chocolate. Lembro que só comi uma barrinha do tablete e não quis mais. Lembro que ele me levou até o ponto, onde o ônibus da linha 21 seria o último a passar. Lembro que ficamos falando do meu namoro conturbado o tempo todo. Lembro que ele falou que eu precisava esquece-lo de uma forma ou de outra. Lembro que mudei de assunto. Lembro que entramos de novo no assunto. Lembro que no ponto, ele me mostrou o telefone que eu havia falado horas antes. Lembro que não me lembrei disso, e para disfarçar, lembro que falei que o final era "3333" e não "3238". Lembro que ele não mudou e ligou para minha mãe depois. Lembro que me senti menos pior em pela primeira vez na vida, ter bebido e não ter beijado ninguém. Lembro que nem mesmo uma garota que perguntou se eu curtia meninas.


Lembro que perdi as chaves, liguei a cobrar para minha mãe. Lembro que ela me esperara de camisola no portão. Lembro que ela perguntou do Algo como Apollo e depois telefonou para Corvo. Lembro que por algum motivo, já deitada, comecei a olhar para a aliança. Lembro que quando ela desligou o telefone, comentou algo como "não sei porque ainda está usando isso. Ele falou que acabou tudo". Lembro de ter tirado a aliança, colocado ao meu lado. Lembro que meu orgulho ferido, chateação e embriagues não me deixaram pensar nesse assunto e me fizeram adormecer rapidamente. 


Acordei hoje às 07:00 am. Olhei para o lado e aliança não estava mais lá. Lembrei do recado que Corvo passara para minha mãe na noite anterior e tive uma crise de choro-cachorrinho. Estava dolorida e com um calo intenso em minha testa. Foi o fim. O fim da bebedeira, da vergonha na cara e principalmente, da venda em meus olhos, que me impedia de ver o fim daquela nossa  história, que já havia chegado há muito tempo.

sábado, 26 de março de 2011

(in)suportável(?)

Deus, como alguém pode ser tão egoísta? Com tantas dúvidas em relação à nossa vida afetiva, e quem sabe a presença de um terceiro, ele só consegue pensar nele mesmo. Como ele ficaria, o que os pais dele pensariam dele, no que ele conquistaria ou deixaria de conquistar. Fico ouvindo e lendo como se fosse um diário dele. Sempre gostei de parecer seu diário, desde o tempo em que éramos amigos. Gostava de me abrir e deixar com que ele se abrisse para mim. Era reconfortante como um abraço espontâneo ou como alguém secando suas lágrimas. Mas o que houve com aquele garoto? Hoje ele só fala, fala e fala. Eu só ouço, ouço, ouço. E se colocar uma virgula fora do lugar, a grosseria vem a tona. Quando discuto, sinto que estou num monólogo. Falo, falo, falo. Ele não ouve. 

Como uma coisa pode ser tão reconfortante e insuportável ao mesmo tempo?



sábado, 5 de fevereiro de 2011

Nessas horas, arrependo-me de tentar concretizar uma relação transaparente e sincera. Digo a verdade e puff! Tudo cai em cima de mim, como acontece com aquelas vilãs da novela das oito, que mentiu o tempo todo e no final, tudo desaba sobre ela. Pois é, elas mentiram, eu não. E as duas se foderam do mesmo modo.