Cachinhos Vermelhos


! Porque os dourados já viraram clichê

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Girl, Interrupted ?

"Sei exatamente como é querer morrer, como dói sorrir, como vc tenta se ajustar e não consegue, como você se fere por fora tentando matar o que tem dentro..."

Ela acaba de assistir Garota Interrompida. Ao som de Coldplay, começa a pensar com seus olhos molhados. Pegou filme à uma hora de início, mas ainda sim resolveu assistir. Viu a cada detalhe, todas as frases ditas e cada gesto feito e desfeito. Não tinha como não se sensibilizar com a frieza de alguns e sentimentos de outros.

O filme terminou. Ela foi para o banheiro lavar o rosto, mas acabou lavando a alma. Sentou-se numa posição fetal encostada na pia e desabou a chorar. Não se sabe o porquê, mas sempre quando está triste, costuma encostar-se a pia do banheiro. Talvez seja porque ela é concreta o suficiente para apoiar a garota ou assim como a menina, ela é fria e suja.

Quando briga com o mundo, quando chega da escola decepcionada, quando assiste ao um filme que toca. Não importa. Tranca-se lá e chora apoiada na pia como se fosse sua mãe ou sua melhor amiga. A diferença é que a pia nunca está ocupada demais para ouvir a pequena.


Minutos depois, levantou-se e foi inevitável olhar a vergonha no espelho. Viu aquela garotinha covarde que tirou um pouco de si para se escorrer no rosto, ela não costuma chorar por coisas banais, apenas solta a tristeza nos momentos banais. Talvez, ela pudesse encher os olhos de delineador e sair por aí como faz todo dia na escola. Mas já era 01h03 AM, e tudo já voltara ao normal quando saiu do banheiro e se abriu para seu diário.

Oposição Vital



Minha mãe foi sempre de reclamar. Principalmente dos filhos e da vida. Nada está legal para ela. Nem a vida, nem meu pai, nem a casa e muito menos a falta de abundância-o que no Brasil, denomina-se miséria.





Eu não iria tirar a razão dela, nem de ninguém mais que faz da própria vida um oposição inclusive eu.



Também tenho um amigo que sempre lastima a dizer “como é difícil se eu...”. Eu como de costume, eu sempre respondia “imagine então, se você fosse mendigo, cego, surdo e mudo”. Como rotina começávamos a discutir intelectualmente sobre o assunto como se fossemos aqueles alunos geek de Harvard mesmo eu nunca nem ter a menor idéia de que é uma “Harvard”. Para minha mãe, eu já investia numa resposta mais irônica, meio sarcástica.



Minha mãe, meu amigo e todos ao meu redor fazem uma impugnação sobre a origem. Mas ninguém quer saber como surgimos ou se os dinossauros eram realmente perigosos.Estão todos muito ocupados em ficarem reclamando sobre o cabelo, peso e a vida cheia de altos e baixos. Sim, tudo isso é ruim quando se está em excesso. Mas acredite, há outros seres que não possuem nem a metade do que você tem e não podem ao menos, reclamar.



quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Black Conscience National Day


H
oje é dia da pele. Pele Negra. Não branca, não amarela, não roxa (sabe aquelas pessoas que estão sempre roxas de amor? Pois bem).



Segundo a minha amiguinha Wiki, 20 de novembro é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.



O desvio dessa propensão é que nem mesmo os brancos trabalham/ estudam em tal data. Mas isso é óbvio! Se só exclusivos pudessem tirar seu “grande” dia, iria ser fato que as consciências pertencentes aos negros iriam dizer “processa eles. Estão no dando preferência só porque somos negros !“



-Esse post não procede em gerar qualquer tipo de preconceito. Conceituo-me sarcasticamente falando que a maior parte dos processos gerados por racismo se resume em negros querendo ganhar em cima da própria raça e não, desejando apenas o respeito como cidadão. Afinal, não vai ser o dinheiro sórdido que irá trazer o caráter de volta.